VISITA DO NOSSO PRIMEIRO A MOÇAMBIQUE
Para quem já não se recorda, o nosso Primeiro-Ministro José Sócrates visitou Moçambique no início de Março de 2010. De três a cinco de Março foi o período escolhido para a visita relâmpago. Passo a contar a recepção em honra da Comunidade Portuguesa.
A comunidade portuguesa em Maputo é enorme e surpreendeu-me imenso a quantidade de etnias que se afirmam portuguesas. Sala cheia para mostrar ao nosso primeiro a unidade da comunidade. Unidade mas pouco, claro, pois aqui cada um trabalha para o seu bolso e apesar de haver alguns que se dedicam realmente a ajudar os locais, a grande maioria vem para fazer fortuna.
Depois do habitual discurso de empolgamento típico para as comunidades portuguesas no estrangeiro, lá se bateram as palminhas galvanizantes e passou-se ao que interessa: comida. Comida típica portuguesa, a saber:
- Gratinado de bacalhau, arroz de pato, strogonoff de vaca com cogumelos.
- Muitos salgadinhos, presunto serrano e pão variado.
- Farófias, Leite-creme, Bolo de chocolate, Arroz doce
- Muita fruta
- Pinga boa e sumos para pessoas como eu.
O nosso primeiro, ao longo do almoço, lá foi distribuindo a sua simpatia e os apertos de mão mais os beijinhos da praxe. Muito informal, com bom ar e cheio de "pica". Pergunto-me muitas vezes qual será o segredo para aguentar este ritmo frenético em que anda sempre. Eu só necessitava de um terço da dose!!!
Para muitos, um frete, para outros o reencontrar com velhos amigos. Com o Sr. Primeiro-Ministro veio uma comitiva enorme de altos nomes da nossa praça como por exemplo, Basílio Horta, e outros que neste momento não me recordo do nome, mas que estão ligados á economia nacional e empresarial. Dizem eles que vêm á procura de oportunidades de negócio e cooperação entre os dois países. A ver vamos. Os moçambicanos estarão de certo muito interessados em receber os nossos euros!!!
No final, um horror de comida de sobra, inclusivamente muitas travessas por abrir. Mas o povo português é conhecido por isso mesmo: qualidade mas também muita fartura. Espero que esta fartura portuguesa tenha sido bem distribuída, pois fome neste país é coisa que abunda.
À saída também eu e o Afonso fomos contemplados com a simpatia do nosso Primeiro ao se dignar a dar um senhor bacalhau a mim e outro ao meu filho e a chamá-lo "campeão". Também o outro Sr. Ministro de seu nome Amado, mais directamente ligado ao meu marido, se dignou a dar um sorriso aberto ás nossas singelas pessoas.
Foi bom rever algumas caras que fizeram o nosso quotidiano de Bruxelas e de Portugal e que agora estão longe.
A verdade é só uma: quando se está fora, estes pequenos acontecimentos têm outro sabor e até parece que Portugal, o nosso querido Portugal, está um pouquinho mais perto.
Até á próxima, Sr. Primeiro-ministro.
CSD
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