MOÇAMBIQUE MOSTRADO ÁS VISITAS
MAPUTO / BILENE / INHACA / BAZARUTO / CATEMBE
Uma vez mais e aproveitando um tempo de férias escolares e a visita de alguns familiares portugueses a Moçambique, fomos passear.
Desta vez impunha-se um programa pré definido, bem pensado, uma vez que a estadia das nossas visitas era mais longa e havia muito para mostrar.
Escolhemos os principais monumentos como a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição, a Estação dos Caminhos de Ferro, a Sé Catedral, a Casa de Ferro, os Mercados Central e do Peixe, o Museu de História Natural, os hotéis mais emblemáticos da cidade, ou seja Hotel Polana e Hotel Cardoso, e ainda os novos jardins públicos dos Namorados e dos Professores. Fizemos igualmente questão de proporcionar uma incursão pelas excelentes avenidas desta cidade, mostrando assim a grandeza das mentes que as conceberam.
Apesar de termos consciência das carências e das dificuldades quotidianas desta gente, não deixa de ser um espectáculo único todo este comércio e negócio à beira da estrada. São milhares quotidianamente a fazer pela vida.
O segundo ponto de interesse foi uma incursão à Praia do Bilene. O tempo, e apesar de ser inverno, estava muito convidativo e a viagem de 190 quilómetros até à praia fez-se muito bem. A paisagem é diversa o que deu igualmente azo a várias panorâmicas. A beleza natural daquela lagoa é única, o que aliado a um almoço no Restaurante Complexo Palmeiras fez daquele dia, um sucesso. Ainda não foi desta vez que fizemos a travessia até à outra margem e alcançámos o verdadeiro mar, mas já foi possível dar uma boa ideia das praias da periferia de Maputo.
No dia seguinte decidimos visitar uma das ilhas mais magníficas que alguma vez conheci: Ilha de Santa Carolina que é também conhecida como Paradise Island.
Faz parte das quatro ilhas do arquipélago.
A saber: Bazaruto, Benguera, Magaruque e Santa Carolina.
O hotel proporcionou-nos a travessia de lancha que durou perto de 15
minutos e um almoço paradisíaco. Camarão, frango, chamuças, sandes de atum e mistas, fruta e bebidas não alcoólicas foram os compostos da ementa. Passámos as mais belas horas de sempre. A ilha tem dos corais mais belos e todos fizemos snorkling, (ou quase todos!) e pudemos apreciar os magníficos peixes e corais. Mais interessante foi termos a ilha só para nós os 5!. À hora marcada partimos com muita saudade e uma imagem que nunca esqueceremos. O regresso teve como destino a Baia dos Golfinhos e foi atribulado mas seguro.
As mulheres passaram o resto do dia na praia enquanto os homens decidiram ir à outra ponta, Ponta dos Tubarões, para ver os Flamingos. Foi um longo percurso a pé mas dizem ter valido o sacrifício. Outra imagem a reter para sempre: imensas manchas cor de salmão em pleno voo num céu e mar de um azul inigualável. A pintura perfeita. Ficámos na praia até ao por do sol.
A manhã do terceiro dia foi passado a fazer uma incursão pelo interior da ilha, em todo o terreno, com duração de 3 horas. Só assim foi possível ver a diversidade de vegetação existente e ter a noção que a outra ponta da ilha (Pansy Island) é completamente diferente.
Apesar de nós os três já termos estado no arquipélago, foi uma agradável surpresa conhecer este outro lado da ilha com toda a vegetação, as pequenas aldeolas e as lagoas de crocodilos. Visitámos o Museu do arquipélago onde podemos apreciar todos os objectos e material confiscado pela polícia marítima ao longo dos anos. Carapaças de tartarugas, corais, arpões, material de snorkling, etc. Tudo o que dantes era considerado um troféu, passou a ser nos dias de hoje, um atentado às reservas naturais. Foi a vez de todos visitarmos a Ponta dos Tubarões (onde os há efectivamente) mas só avistámos os Flamingos e acabámos o passeio à beira mar. Foi muito bom. O resto do dia foi passado na praia em frente às nossas casinhas e já com muita saudade.
A vista sobre a cidade de Maputo é muito bonita e com céu limpo passa a ser compreensível porque os portugueses a consideravam um escape para os dias quentes e de veraneio da época. É um local com história, onde as pessoas de hoje se sentem bem.
CSD
Cidade de Maputo |
Desta vez impunha-se um programa pré definido, bem pensado, uma vez que a estadia das nossas visitas era mais longa e havia muito para mostrar.
Iniciou-se como seria lógico, com uma visita a esta capital, com tudo o que tem de bom e preservado.
Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição |
Museu de História Natural |
Camara Municipal de Maputo |
Sé Catedral |
Igreja da Polana |
No entanto e como é sabido, Maputo não é só beleza. Daí termos também feito questão de mostrar às nossas visitas os bairros periféricos da cidade, como o bairro de Benfica e do Zimpeto. Aqui puderam apreciar a realidade do povo moçambicano, com toda a autenticidade e realismo.
Apesar de termos consciência das carências e das dificuldades quotidianas desta gente, não deixa de ser um espectáculo único todo este comércio e negócio à beira da estrada. São milhares quotidianamente a fazer pela vida.
Lagoa do Bilene |
Aproveitando o fim-de-semana e o início das férias do meu marido, fomos conhecer Inhaca.
Desta vez uma verdadeira novidade para todos, pois nós os três ainda não tínhamos tido oportunidade de fazer esse programa. Sábado, 1º de Maio, pelas 11h30, apanhámos o avião da companhia CFA (Sul Africana) e partimos direitinhos a Inhaca.
Inhaca foi o nome de um antigo chefe do século XVI que deu abrigo ao comerciante português Lourenço Marques.
Avião da CFA |
Inhaca foi o nome de um antigo chefe do século XVI que deu abrigo ao comerciante português Lourenço Marques.
A viagem foi curiosa pois éramos os únicos ocupantes da aeronave e durou cerca de 15 minutos. É tão curta quanto bela. São magníficas as imagens que se obtêm do ar e incalculáveis a cores que se descobrem. Aterramos seguramente no aeroporto mais pequeno do mundo, digo eu! À nossa espera deveria estar um transfere, mas o seu atraso possibilitou-nos uma pequena incursão pelos arredores daquele espaço. Ao contrário da cidade de Maputo, o tempo em Inhaca parece que parou. Finalmente o transfere e a chegada ao Pestana Inhaca Lodge.
Casinhas engraçadas e confortáveis e uma praia cuja água se esperava mais limpa. Nessa tarde almoçámos no Restaurante Lucas, (onde não se pode ter pressa!), e fizemos um fim de tarde à beira-mar. No dia seguinte e após uma alvorada provocada pelo maior chilrear de pássaros que alguma vez escutámos, fomos visitar a Ilha dos Portugueses.
A calma viagem foi feita de lancha e durou perto de 15 minutos. À nossa espera estava uma praia enorme e bela. Com a classificação de reserva natural, é área protegida, e por isso tem de se pagar a “invasão” do espaço. 200 meticais revelam-se uma ninharia comparada com a beleza que a antiga ilha de deportação para leprosos nos oferece. Perante tal beleza é difícil para nós pensarmos que há alguns anos atrás havia sofrimento e morte naquelas areias. Foi uma dura realidade.
Casinhas engraçadas e confortáveis e uma praia cuja água se esperava mais limpa. Nessa tarde almoçámos no Restaurante Lucas, (onde não se pode ter pressa!), e fizemos um fim de tarde à beira-mar. No dia seguinte e após uma alvorada provocada pelo maior chilrear de pássaros que alguma vez escutámos, fomos visitar a Ilha dos Portugueses.
Ilha dos Portugueses |
Regressámos a Inhaca, aprontámo-nos e partimos com destino a Maputo, muito contentes por termos desvendado mais uma bela Ilha que em tempos idos, foi muito nossa.
Na agenda estava programado outro passeio que na minha opinião, foi o melhor de todos. Após desfazer e refazer malas para uma nova estadia desta vez de 4 dias, na terça, dia 03 de Maio, partimos para um dos mais belos locais do mundo: a Ilha de Bazaruto. Uma novidade para as nossas visitas, uma repetição para nós (achava eu!).
Chegámos ao aeroporto de Mavalene pelas 12h00, para apanharmos o avião da companhia LAM com destino a Vilankulo. Acontece que o aeroporto de Maputo se encontrava temporariamente fechado devido à eminente chegada do Presidente Armando Emílio Guebusa, vindo das nossas queridas terras portuguesas. Aproveitámos para almoçar no aeroporto pois impunha-se alimentar os estômagos. Após todas as formalidades presidenciais foi finalmente reaberto o aeroporto e com um atraso de hora e meia lá fomos nós para Vilankulo. A viagem teve a duração de 1h20m. São imagens terrestres muito belas as conseguidas através das pequenas janelas do avião. A viagem não é acessível, mas compensa se tivermos presente que são 11 horas de carro e a vista não tem comparação. Chegados ao aeroporto de Vilankulo deveríamos ter seguido de imediato para a Ilha de Bazaruto, mas à semelhança de Inhaca também tivemos de aguardar mais de uma hora no pequeno aeroporto. Após a longa espera e algumas reclamações, lá reabasteceram a avioneta da já conhecida companhia sul-africana CFA e partimos para o tão aguardado arquipélago. A viagem é soberba.
As imagens aéreas são de uma beleza indescritível. Podemos fotografar, podemos filmar, mas nada consegue reproduzir aquilo que os nossos olhos vêm. À chegada à pequena pista de aterragem estava um tractor para nos conduzir ao Pestana Bazaruto Lodge. A viagem é curta mas dá-nos uma primeira imagem de como a ilha é um lugar perdido no mundo. São 37 quilómetros de comprimento por 7 quilómetros de largura. À nossa espera um pequeno grupo de funcionários com colares de flores vermelhas e um sumo que nos soube pela vida, pois estava mesmo calor. Fez-me lembrar a lua-de-mel que nunca tive.
Após as formalidades de check in foi-nos atribuída uma casinha típica como é habitual num hotel Pestana paradisíaco.
Mas a nossa prioridade era aproveitar os últimos raios solares na praia mais calma e quente que alguma vez conhecemos. Foi o banho mais saboroso de sempre. Mas as surpresas ainda não tinham acabado e a natureza decidiu presentear-nos com o por do sol mais magnífico que alguma vez observaremos ao longo das nossas vidas. O céu pintou-se de um amarelo dourado que foi gradualmente passando a laranja fogo, misturado com vermelho ocre. Será inesquecível! Já a pensar no jantar, fomos tomar um duche. Foi outra experiência engraçada pois a área de duche era ao ar livre, onde pudemos apreciar as estrelas que com o anoitecer começavam a aparecer no magnífico céu escuro. O jantar foi bem servido e acompanhado com danças típicas moçambicanas. Muito bom.
As imagens aéreas são de uma beleza indescritível. Podemos fotografar, podemos filmar, mas nada consegue reproduzir aquilo que os nossos olhos vêm. À chegada à pequena pista de aterragem estava um tractor para nos conduzir ao Pestana Bazaruto Lodge. A viagem é curta mas dá-nos uma primeira imagem de como a ilha é um lugar perdido no mundo. São 37 quilómetros de comprimento por 7 quilómetros de largura. À nossa espera um pequeno grupo de funcionários com colares de flores vermelhas e um sumo que nos soube pela vida, pois estava mesmo calor. Fez-me lembrar a lua-de-mel que nunca tive.
Bazaruto |
Após as formalidades de check in foi-nos atribuída uma casinha típica como é habitual num hotel Pestana paradisíaco.
Mas a nossa prioridade era aproveitar os últimos raios solares na praia mais calma e quente que alguma vez conhecemos. Foi o banho mais saboroso de sempre. Mas as surpresas ainda não tinham acabado e a natureza decidiu presentear-nos com o por do sol mais magnífico que alguma vez observaremos ao longo das nossas vidas. O céu pintou-se de um amarelo dourado que foi gradualmente passando a laranja fogo, misturado com vermelho ocre. Será inesquecível! Já a pensar no jantar, fomos tomar um duche. Foi outra experiência engraçada pois a área de duche era ao ar livre, onde pudemos apreciar as estrelas que com o anoitecer começavam a aparecer no magnífico céu escuro. O jantar foi bem servido e acompanhado com danças típicas moçambicanas. Muito bom.
No dia seguinte decidimos visitar uma das ilhas mais magníficas que alguma vez conheci: Ilha de Santa Carolina que é também conhecida como Paradise Island.
Faz parte das quatro ilhas do arquipélago.
A saber: Bazaruto, Benguera, Magaruque e Santa Carolina.
O hotel proporcionou-nos a travessia de lancha que durou perto de 15
minutos e um almoço paradisíaco. Camarão, frango, chamuças, sandes de atum e mistas, fruta e bebidas não alcoólicas foram os compostos da ementa. Passámos as mais belas horas de sempre. A ilha tem dos corais mais belos e todos fizemos snorkling, (ou quase todos!) e pudemos apreciar os magníficos peixes e corais. Mais interessante foi termos a ilha só para nós os 5!. À hora marcada partimos com muita saudade e uma imagem que nunca esqueceremos. O regresso teve como destino a Baia dos Golfinhos e foi atribulado mas seguro.
As mulheres passaram o resto do dia na praia enquanto os homens decidiram ir à outra ponta, Ponta dos Tubarões, para ver os Flamingos. Foi um longo percurso a pé mas dizem ter valido o sacrifício. Outra imagem a reter para sempre: imensas manchas cor de salmão em pleno voo num céu e mar de um azul inigualável. A pintura perfeita. Ficámos na praia até ao por do sol.
Lagoa dos Crocodilos |
A manhã do terceiro dia foi passado a fazer uma incursão pelo interior da ilha, em todo o terreno, com duração de 3 horas. Só assim foi possível ver a diversidade de vegetação existente e ter a noção que a outra ponta da ilha (Pansy Island) é completamente diferente.
Apesar de nós os três já termos estado no arquipélago, foi uma agradável surpresa conhecer este outro lado da ilha com toda a vegetação, as pequenas aldeolas e as lagoas de crocodilos. Visitámos o Museu do arquipélago onde podemos apreciar todos os objectos e material confiscado pela polícia marítima ao longo dos anos. Carapaças de tartarugas, corais, arpões, material de snorkling, etc. Tudo o que dantes era considerado um troféu, passou a ser nos dias de hoje, um atentado às reservas naturais. Foi a vez de todos visitarmos a Ponta dos Tubarões (onde os há efectivamente) mas só avistámos os Flamingos e acabámos o passeio à beira mar. Foi muito bom. O resto do dia foi passado na praia em frente às nossas casinhas e já com muita saudade.
O quarto dia foi o refazer das malas e a vontade de fixar para sempre nas nossas memórias aqueles dias fantásticos. Viemos embora (sob protesto!) com muita pena de deixar o verdadeiro paraíso.
Iniciámos a viagem de regresso a Maputo com uma primeira aterragem na pista do Índigo Bay, ainda no arquipélago, depois um voo até Vilankulo e outro até Inhambane, para finalmente aterrarmos em Maputo às 15h25 minutos do dia 06 de Maio de 2010.
Mas apesar de parecer que tudo estava visto e nada mais poderia ser surpreendente, restávamo-nos um passeio a Catembe, na outra margem da baía de Maputo.
Outra agradável surpresa para as nossas visitas. A travessia no batelão tem o seu quê de típico, seguindo-se um agradável almoço no Restaurante Mar e Sol.
Mas apesar de parecer que tudo estava visto e nada mais poderia ser surpreendente, restávamo-nos um passeio a Catembe, na outra margem da baía de Maputo.
Outra agradável surpresa para as nossas visitas. A travessia no batelão tem o seu quê de típico, seguindo-se um agradável almoço no Restaurante Mar e Sol.
A vista sobre a cidade de Maputo é muito bonita e com céu limpo passa a ser compreensível porque os portugueses a consideravam um escape para os dias quentes e de veraneio da época. É um local com história, onde as pessoas de hoje se sentem bem.
O fim da estadia aproximava-se mas ainda tivemos oportunidade de mostrar o verdadeiro comércio de artesanato de Maputo, numa visita ao Mercado do Pau, terminando com um bom almoço no Restaurante Zambi.
E como o que é bom acaba depressa, lá fomos obrigados a entregar as nossas visitas nas mãos dos experientes pilotos da TAP, para mais uma longa viagem de 10 horas e 40 minutos até ao nosso Portugal.
Acho que cumprimos o nosso papel de anfitriões e conseguimos mostrar o quanto de belo tem esta terra que embora não seja nossa, diz-nos muito.
A porta estará sempre aberta para receber aqueles que quiserem conhecer ou recordar este Moçambique.
CSD
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