UM SONHO CHAMADO MATEMO

A vista aérea através da pequena janela começava a desvendar-se. As cores angelicamente pintadas enchiam a nossa visão e preparavam a nossa mente para o melhor dos sonhos.

Vista aérea de Matemo
A frágil aeronave de quatro lugares aterrou na pista privada às 11 horas de um dia para recordar. A Ilha de Matemo no Arquipélago das Quirimbas abria-nos as suas portas e estava à nossa disposição para ser vivida e usufruída.  
Aeronave de quatro lugares
Do aeroporto improvisado até ao resort são sete minutos bamboleantes numa camioneta cheia de cor e conforto. A paisagem que se começa a descobrir é unicamente uma amostra do que a seguir se viria a sentir.
Transfere
Após cocktail de boas vindas foi o sol vitorioso, vencendo chuvada madrugadora, que nos recebeu. Devidamente instalados e equipados, apeteceu-nos de imediato provar a praia e o mar. Recortada toscamente, a praia de areia grossa composta por muitas conchas e pedras separa os vários tons de azul marinho do arvoredo verdejante, povoado por 25 isoladas habitações de madeira, ricamente decoradas e equipadas. 
A nossa casa número 12.
O nosso quarto
Parecendo sem vontade própria, fomos como que sugados para aquele oceano cristalino, morno e calmo que nos ofuscou com a sua beleza e nos embebedou com a pureza da sua àgua. A paisagem é esmagadoramente bela. 

Praia de Matemo
Praia de Matemo
Apetece ficar ali. Os nossos olhos recusam deixar de ver. O que o nosso coração sente são batidas de paz e serenidade.  A nossa alma purifica-se sem esforço.   
Matemo Island Resort
Duas horas passaram depressa entre suspiros de felicidade e brincadeiras angelicais. É um verdadeiro privilégio poder estar num local paradisíaco e quase reservado só para nós. A praia despida de gente abraçava-nos, agradecendo a nossa presença.

O almoço esperava-nos com uma diversidade e qualidade que se repetiriam ao longo da nossa maravilhosa estadia por Matemo Island Resort. 

Vista do restaurante
A tarde foi igualmente descontraída. Os meus homens aproveitaram para "canoar" e sentir a pacificidade daquele oceano fabulosamente convidativo. Entre remadelas e risos foram deslizando na água calma, tendo por companhia os peixes prata.

Pai e filho 
Devidamente equipado para a canoagem
A bela pescaria (de outros!)
Com o por do sol a chegar, a visão tornou-se ainda mais magnifica. As tonalidades do sol e os reflexos dos seus majestosos raios a incidir no azul turquesa do Índico, são indiscritíveis. Nenhuma máquina fotográfica consegue apanhar com a sua lente o que a nossa íris observava. A memória será a nossa melhor fotografia.

Por do sol em Matemo
O tempo teima em passar depressa quando a pressão fisica e mental se envergonha da sua atitude. A primeira tarde no paraíso estava terminada. A noite foi calma e sempre embalada pelo som das pequenas ondas que insistiam em beijar a areia.

O segundo dia amanheceu cintilante. As nuvens brancas pintavam o céu de um azul limpido. A areia estava salpicada por montículos de algas escuras e o mar, esse, mais cristalino que nunca.

Mar de Matemo
Após o farto e variado pequeno almoço fomos descobrir o resort. Em cada recanto encontramos subtilezas que nos obrigaram a parar. Cada espaço foi pensado e decorado com um estilo diferente. As cores e os tecidos acetinados lembravam os palácios das "mil e uma noites". Sem esforço, sentimo-nos os Sultões destes novos tempos.

Cama ao por do sol
Esplanada 
Resort visto da piscina
A tarde foi passada entre caminhadas na praia e o descanso no número doze. Foi o por do sol que lembrou a nossa consciência de que a estadia estava a terminar.  

O voo ao terceiro dia estava previsto para as 15h45. Havia toda uma manhã ainda para aproveitar. Brincadeiras na areia, mais canoagem e uma vontade imensa em perpetuar aqueles fabulosos momentos.
Matemo já estava gravada na nossa memória e entranhada no nosso espírito para todo o sempre.




Mas Deus ainda nos concedeu mais alguns momentos naquele paraíso. Por duas vezes embarcamos no avião que nos levaria até Pemba, e por iguais duas vezes o avião se recusou a pegar. Bateria descarregada. Outro avião trouxe a bateria que nos arrancaria daquele espaço magnifico e nos conduziria durante 25 minutos a Pemba. O relato desta outra parte da viagem ficará para um segundo post.

E assim se passaram dias fabulosos, num espaço criado e abençoado por Deus, e que todo o ser humano deveria ter o direito de ver e viver, pelo menos uma vez na vida.

CSD

Comentários

  1. Olá Carla. Resolvi voltar aqui depois do mail que recebi e que maravilha! Parabéns pela escrita que muito prende a atenção. Gosto muito!
    Por cá continuamos com tudo bem e os miudos a crescerem cada vez mais... bjs e aproveitem bem esses momentos. Até qualquer dia, talvez por cá, quem sabe! Graça Sousa (Bxl)

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  2. E que bela pescaria!...
    Gostei de ver o Afonso devidamente equipado...
    Aproveitem todos os momentos muito bem.
    Beijinhos.

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