ATÉ O MOÇAMBICANO VIBROU!

Lindo!

"Porto, Porto, Porto, És a nossa glória,

Dá-nos neste dia, Mais uma alegria, Mais uma vitória".

E Deu.

Tudo estava pronto. Merenda comida, cozinha alinhavada e televisão ligada para o grande momento nacional que iria acontecer na Irlanda, naquele país que também já viu dias melhores!  

O destino a Deus pertence. Ele lá sabe!

O jogo era tuga e nortenho. Novos, velhos, senhoras, senhores, rascas, putos, todos lá foram, onde a final iria acontecer. A crise existe mas é só para o que interessa! Passagem, mais bilhete, mais hotel, quinhentos euros, no mínimo! E é para quem pode!

Aqui, a milhares de quilómetros, os cafés e bares compunham-se com as cores azuis e brancas, pois por estas bandas o vermelho não é Sporting! É do outro, com a águia ao peito. Sabido é que os da águia rezavam ao Bom Jesus. Já que o Jesus não intercedeu por eles este ano, pelo menos "O Bom" poderia não ajudar os rivais. Mas quem merece, merece sempre. E Deus é justo.

E lá se deu o apito inicial. Duas equipas com jovens treinadores, planteis diferentes e muita vontade em fazer história. Jogo morno, passes falhados, bola muito no ar, taralhoquice constante, nada bom de se ver e dignificar o futebol nacional. Mas ao minuto 44, ele, sempre ele, aquele que não é águia mas é Falcão, num golpe de rapina, numa voo rasante eis que ela, a redonda, já lá estava. As imagens não deixam dúvidas e o Pinto da Costa nada teve a ver com isto! Foi limpo, limpinho, cristalino. 

Obrigada Falcão.

A segunda parte foi melhor, mas o resultado esse, manteve-se até ao apito final espanhol. Ganhou o treinador mais novo, com a melhor escola. As lições do grande mestre foram bem assimiladas e, utilizando a sua inteligência, fez deste FCPorto um vencedor nato. Obrigada Villas-Boas.  

E a festa começou. 

As cores azuis e brancas saltavam loucas de alegria contrastando com um vermelho prostrado no relvado, triste, resignado, que nem a medalha de participação conseguiu alegrar. Mas foi bom, muito bom para o Braga chegar lá. Subir, receber a medalha com glória e dignidade. Eles queriam a taça, mas essa, foi gravada com outras letras. Esta, e todas as outras já ganhas.

Desfile de títulos.

A alegria é contagiante e pouco tempo depois, foi nas ruas de Maputo, que a festa continuou. Foram muitos os que saíram porta fora e acenando, vuvuzando, gritando, cantando, apitando, deram voz à sua satisfação e cor às ruas mortas desta cidade das acácias.  Aqui o clubismo é a sério. E hoje pela manhã era vê-los, desfilando rumo ao trabalho, vestidos com a sua camisola portista, num orgulho imenso. Quem diria?  

"Quando alguém se atrever a sufocar,

O grito audaz da tua ardente voz,

Oh, Oh, Porto, então verás vibrar,

A multidão num grito só de todos nós".

Mais uma alegria, mais uma taça, mais uma glória, mais um momento que ficará registado na História do Futebol Mundial. E quem é o herói ? "FUTEBOL CLUBE DO PORTO". Sempre! 

És o nosso orgulho.

CSD