O ADEUS ÀS VIC FALLS

(continuação)

Victoria Falls
Antes do adeus às Vic Falls, no terceiro dia de passeio, ainda houve tempo para mais contemplações.

Saídos do The Kingdom Hotel manhã cedo, iniciámos um percurso a pé de cerca de 5 minutos até à fronteira do Zimbabué. Carimbados os passaportes percorremos mais 15 minutos a pé em terra que parecia de ninguém. Mas continuávamos no Zimbabué! Finalmente aparece no nosso horizonte a Victoria Falls Bridge. Metade é solo zimbabueano e a outra metade, zambiano.

Fronteira
Passada a ponte, mais 5 minutos sob um sol abrasador até ao edifício da fronteira da Zâmbia. O objectivo era pisar a Zambia e ter um cheirinho da realidade daquele país vizinho. Aí, mesmo na fronteira, assistimos a uma cena retirada de um filme. Como quem não quer coisa, passeavam-se babuínos descontraidamente pelo recinto da alfândega. A presença habitual destes animais faz baixar a guarda e, de repente, agarrando um saco de bolachas “Maria” aí vai o babuíno saltando a vedação para um fabuloso repasto. Os gritos e os impropérios escutados não demoveram o macaco nem tão pouco adiantaram de muito.  Mas por alguma razão o babuíno não gostou da marca das bolachas e largou o saco, tendo sido possível a um passageiro mais afoito recuperar o embrulho. Que os macacos eram ladrões já se sabia, mas foi engraçado ver a perícia com que o fizeram.


Babuíno africano
Tudo visto, regressámos à ponte e tomando um sumo no Bungi, aproveitámos para apreciar os saltos corajosos dos aventureiros e sedentos de grandes emoções. A vista que se obtém daquele local é magnífica. Apetece ficar a contemplar todo aquele verde misturado com o nevoeiro proporcionado pelas Cataratas de Vitória.


Saltos na ponte


Cataratas em fundo
A hora de almoço aproximava-se e o calor apertava. No regresso ao Zimbabué e como que por milagre apareceu-nos o John, que em troca de um dólar nos poupou uma travessia penosa levando-nos no táxi/riquexó mais original que conhecemos.


Taxi do John
O almoço foi num dos hotéis mais emblemáticos das Victoria Falls: o Victoria Falls Hotel


Entrada do Hotel
Victoria Falls Hotel 
Victoria Falls Hotel - traseiras
Atendidos de forma requintada pelo Washington almoçamos bem, com classe e numa atmosfera Vitoriana. A vista é sobre a Victoria Falls Bridge e todo o seu arvoredo envolvente. 


Vista do Hotel
Como que por magia o céu decidiu refilar e uma trovoada forte abateu-se sobre as Victoria Falls. O nosso almoço foi envolvido pelo cheiro a terra molhada e pelo cheiro a Àfrica. Passada a tempestade houve tempo para um passeio pelos jardins e mais uma convivência estreita com os babuínos. Com a alma cheia de memórias vitorianas regressamos ao The Kingdom para mais uma tarde passada na piscina e já em jeito de despedida.

Mas a madrugada trouxe-nos mais uma trovoada assustadora que nos fez despertar por volta das 3 horas. A densa cortina de chuva envolveu todo o recinto num nevoeiro negro e sonoro. Os trovões e os sempre presentes relâmpagos impossibilitavam-nos de adormecer.

Na manhã seguinte foi o preparar da bagagem e o início do regresso. Já a caminho do aeroporto, o nosso amigo Maxwell mostrou-nos, provavelmente, o embondeiro mais famoso do mundo. 


Embondeiro centenário
Reza a história que foi acampado debaixo desta grandiosa árvore que o descobridor das Cataratas de Vitoria, David Livingstone, passou a sua primeira noite. Foi provavelmente a partir deste local que  este aventureiro descobridor sentiu e escutou as primeiras gotas da cascata.  Estima-se que esta obra da natureza tenha perto de 1600 anos!! Serão seguramente necessários vários homens para aquele abraço apertado.   


Depois, foi o regresso ao aeroporto para uma viagem que, apesar de se esperar curta, foi demorada por atrasos e cancelamentos constantes nos voos. E a nossa mala só apareceu dois dias depois!

Regressamos bem e ficará para sempre registado no mapa do nosso conhecimento uma das maiores Maravilhas Naturais do Mundo.

CSD  

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