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Mar da Ericeira |
O dia prometia. Dadas umas tréguas ainda que breves pelo nosso São Pedro e aproveitando a benção de São Valentim, rumámos à Ericeira. As imagens não deixam dúvidas. Terra arisca e só para corajosos, este mar mostrou a sua força, deixando-nos de boca aberta com algumas gracinhas. Num misto de acalmia e súbita revolta, as imensas câmaras foram disparando flashes. Famílias inteiras caminhavam naquele paredão, gozando os raios de sol há muito escondido e saboreando um vento gelado e carregado pelos salpicos das grandes vagas que açoitavam as pedras.
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Mar da Ericeira |
A cada vaga, viam-se os Ipads ao alto, como que esperando a benção do mar para mais um disparo. Esta nova moda de amadores e práticos, rivaliza com olhos pregados nas aberturas das câmara equipadas com lentes imensas, poderosas, caras, apoiadas em tripés, que obrigam a cálculos de luz, distância, amplitude e um sem fim de outros pormenores, que me transcendem. Eu pertenço à outra categoria: ver e disparar.
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O vento sempre presente |
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Vagas agrestes |
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Mais vagas |
E assim se passou uma tarde à beira mar, salpicados de maresia e inundados de iodo.
CSD
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