Continuando o passeio por Atenas.
O Porto de Piraeus estava ao rubro, naquela manhã de regresso a terra. Aqueles que deixavam o mar, faziam-no ainda com as sua pernas bambas e equilíbrio desajeitado. Os que embarcavam, cumpriam à risca as regra do Louis Olympia e preparavam-se para o cruzeiro no Mar Égeu.
E nós, ainda com o sono por terminar subimos a bordo do hop on-hop off e aguardámos a partida em direcção a Atenas, à praça Syntagma. Do primeiro andar daquele autocarro descapotável a vista é priviligiada e foi com esse privilégio que iniciámos a viagem de descoberta e de regresso a Atenas. O percurso é bonito, bem como toda a cidade de Atenas. "Lions Gate" foi a primeira paragem rápida num percurso de 45 minutos. A viagem fez-se à beira mar entre marinas e praias, estas já compostas de banhistas e cores. O azul das águas convidáva-nos a um mergulho mas impunha-se depositar as bagagens no hotel. Mais tarde, trataríamos desse pormenor!
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| Igreja em Piraeus |
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| Estádio do Olympiakos |
Piraeus ficava para trás e Atenas recebia-nos de braços abertos. A enorme avenida Syngrou mostrou-nos o planetário e minutos depois a Akrópolis e Parthenon. Aí trocámos para a linha vermelha em direcção à Praça Syntagma e ao nosso hotel Amalia. Apesar da curta passagem ficou-nos de imediato a enorme vontade de descobrir aquele templo a céu aberto carregado de história. Teríamos a oportunidade voltar lá!
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| Universidade |
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| Universidade |
No dia seguinte, já com o sono restabelecido e o mesmo calor inclemente, decidimos visitar a jóia da coroa da Grécia.
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| Teatro de Dioniso |
A subida faz-se devagar, por entre passadiços e escadas. Logo na primeira paragem sentimos as tragédias e as comédias dos grandes dramaturgos da Grécia clássica, neste teatro de mosaico com 15.000 lugares sentados.
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| Teatro de Dioniso |
E mais à frente, no lugar mais alto da cidade e na rocha sagrada, erguem-se os monumentos de mármore mais importantes do mundo ocidental, cuja construção data do reinado de Péricles, no final do século V a.C.
Sorri-nos o Parthenon, um magnifico templo dedicado à Deusa Atena e cuja estátua gigantesca de ouro e marfim embelezou o seu interior, nos tempos áureos da época grega clássica antiga.
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| Parthenon |
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| Parthenon |
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| Parthenon |
A vista sobre a cidade de Atenas é deslumbrante. A brisa quente abraçava-nos e o reflexo do branco encadeava a nossa visão. Ao fundo, a colina de Lycabettus e estendendo-se aos pés, uma Atenas submissa.
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| Vista da cidade e monte de Lycabettus |
Do outro lado, o imponente e moderno Museu da Akropolis, com os seus 4.000 artefactos obrigáva-nos a uma visita. Deixámos este templo a céu aberto e almoçámos no restaurante do museu, seguido da respectiva descoberta.
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| Novo Museu da Akropolis |
Ainda do lado de fora, e bem por baixo dos nossos pés sob uma pala protectora, o chão de vidro revelava as ruínas paleocristãs. Dentro do museu, as paredes envidraçadas permitiam-nos observar a magnitude dos templos da Akrópolis. Para mim, esta é sem qualquer dúvida a melhor conjugação entre o moderno e o clássico, o antes e o depois.
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| Novo Museu da Akrópolis |
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| Novo Museu da Akrópolis |
A tarde sufocava e todos os nossos poros suspiravam por uma banhoca. Utilizando o metro de superfície fomos em busca da costa e do mar. Direcção Edem, parámos na praia. Repleta de gente, as águas quentes proporcionaram um momento de frescura principalmente para o nosso turista mais pequeno. Mais à frente o parque de Flisvou e toda uma bonita marginal.
O dia seguinte foi dedicado a Ágora. Outro templo a céu aberto, fundado no século VI a.C. Situado numa extensão enorme este templo foi durante 1.200 anos o coração da cidade de Atenas. Aqui Sócrates dirigiu-se ao seu povo, aqui nasceu a democracia e aqui S. Paulo pregou. Este labiríntico espaço faz-nos descobrir a história por entre a densa vegetação existente. Cada recanto é uma descoberta.
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| Mapa de Agora |
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| Agora vista da Akrópolis |
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| Stoa Central |
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Stoa de Atalo
A Stoa de Atalo foi um centro comercial no século II a. C e um local popular de encontro dos atenienses ricos. É actualmente um museu e um dos locais mais importantes da Grécia onde se encontram testemunhos da vida política e cultural da primeira democracia.
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| Templo de Hephaestus |
Chegada a hora do almoço, deixámos Agora e embrenhámo-nos nas ruas de Pláka. Num dos restaurantes típicos da zona, degustámos uma Moussaka, um famoso guisado campestre composto por beringela e cordeiro picado, distribuídos em camadas de batata e tomate, flutuando num molho de bechamel com aroma a canela. Uma espécie de francesinha, mas à grega!!
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| Numa ruela de Pláka |
Merenda comida e outro passeio pela história antiga. Desta feita visitámos a Biblioteca de Adrianou, um faustoso edifício de colunas coríntias de 132 d.C
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| Biblioteca de Adrianou |
Continuando o nosso caminho, percorremos as ruelas do mercado antigo com todos os seus comerciantes e produtos típicos e chegámos à praça Monastiraki.
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| Praça Monastiraki |
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| Igreja Ortodoxa Greça na praça Monastiraki |
E a nossa viagem estava quase terminada. Com voo marcado para a madrugada do dia seguinte, decidimos ocupar essa tarde num dos museus mais bonitos que visitei: o Museu Benaki. Este museu dá-nos uma panorâmica da história grega desde a Idade da Pedra (7.000 a. C.) até ao século XX. Espalhados pelas suas 36 salas estão mais de 20.000 objectos, que ordenados cronologicamente, nos fazem uma síntese do que visitámos e nos consciencializam sobre a importância que as civilizações anteriores têm e terão, nos dias de hoje. Uma lição de vida.
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| Akropolis à noite |
Kalimera Atenas.
CSD
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