BOLIDES COM ASAS





A tarde soalheira deu o mote para a criatividade. Vindos dos mais diversos cantos deste pequeno território, os artistas mostraram sem pudor ou receios as suas mais novas criações e apostas em quatro rodas. Assim era o propósito deste Segundo Grande Prémio Red Bull: a corrida mais louca do mundo.



O sol da tarde queimava as peles desnudadas deste início de Setembro. À hora marcada, centenas de portugueses e estrangeiros enchiam os maravilhosos jardins do Parque Eduardo VII, bem no centro de Lisboa. 








Rodeados por uma vista soberba, foi à primeira cornetada que começaram a descer à força da brisa e de uma aerodinâmica estudada, os carros mais bizarros e divertidos. Houve modelos para todos os gostos.




Os temas igualaram os carnavalescos e não faltaram as chalaças à situação nacional, coisa esquecida naquela tarde de domingo e naqueles jardins. Tal espectáculo era gratuito e é assim que o povo gosta.  Ao som de gargalhadas e palmas, os 70 concorrentes esforçavam-se para, no menor tempo, chegarem à meta lá bem junto ao grande Marquês de Pombal.  O caminho foi delineado por fardos de palha e com troços sinuosos, esperando proporcionar desafio a quem corria e "ais" a quem assistia. 




Adultos e crianças vibraram com as novidades auto e com os disparates dos dois apresentadores sobejamente conhecidos na praça pelos seu comentários muitas vezes incongruentes. E nos ares também houve espectáculo! Logo ao início da tarde, um pára-quedista lançou-se em voo livre deixando no ar um rasto vermelho. Ao longo da tarde balões de várias cores levavam para espaços longínquos lá para os lados do rio Tejo, latas do famoso líquido patrocinador deste espectáculo. Estas ganharam asas verdadeiras! Onde caíram, ninguém sabe, mas foi bonito de ver.



E o constante passar de aviões nacionais e estrangeiros em direcção ao nosso aeroporto foi prova provada que Portugal continua a ser um grande destino. 

E assim se passou uma bela tarde domingueira. Para nós, teve sabor a boas vindas!

CSD

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