A BATALHA DA INSTALAÇÃO


Chegámos de armas e bagagens. A batalha da instalação era o passo seguinte. O deslumbramento e a satisfação nascidos no regresso, deram lugar às gotas de suor com cheiro a limpeza e a arrumação. As obras também marcaram presença, pois casa fechada é esconderijo de deterioração. Paredes partidas, roços abertos, rachas lixadas, pinturas feitas e muito pó acumulado. Aspirador e esfregona andaram na vanguarda da luta, combatendo a poiera escondida nas trincheiras. Foram dias de guerra árdua. Depois, seguiu-se o sarar das dores provocadas pelo esforço e o embelezamento destas paredes outrora despidas. Varões montados, cortinados estendidos, candeeiros afixados, quadros pendurados e tudo ficou mais bonito. Ainda se aguarda o resto dos haveres, que navegando Atlântico fora, se vão aproximando cada vez mais de Portugal e desta mesma casa.  Agora a paz podia entrar. Findos os confrontos, podemos chamar nossa, a esta casa.

CSD

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