VICTORIA FALLS - Zimbabué

As férias são sinónimo de passeio e descoberta. Rumámos desta feita ao Zimbabué para conhecer uma das maravilhas naturais do mundo: as cataratas de Vitoria.

Victoria Falls
Sábado, 18 de Dezembro, ainda de madrugada partimos em direcção ao aeroporto de Maputo para dar início à viagem. Primeiro na LAM depois na Airlink lá nos fomos aproximando das terras de Robert Mugabe. Aterrámos às 12h45 minutos no aeroporto de Victoria Falls com sol e calor. O espaço é pequeno e calmo. 

Aeroporto de Victoria Falls
Após alguma negociação sempre necessária nestas terras, entrámos no taxi do Maxwell para um percurso de cerca de 20 minutos até ao hotel por nós escolhido: The Kingdom at Victoria Falls. A viagem é toda ela feita em estrada alcatroada e através de uma savana verde com uma fauna diversificada. A chegada ao hotel foi uma agradável surpresa. As imagens visionadas na internet ainda em Maputo foram superadas pela realidade. No hotel respira-se África. Blocos de quartos inseridos num espaço verde, creme e ocre, com lagos naturais na envolvente e piscinas em perfeita simbiose com a natureza africana fizeram as nossas delícias. Mas apesar do hotel convidar a ficar, o objectivo era outro e tornava-se impaciente: ver as cataratas.


Às 15h15 minutos do dia 18 de Dezembro entramos no paraíso das Victoria Falls.

Caminho dentro do recinto das Vic Falls 
O percurso é longo e feito por caminho empedrado. Na posse do mapa, fomo-nos embrenhando no arvoredo húmido tendo já como fundo o ruído da água. 16 pontos de interesse em forma de miradouro aguçavam a nossa curiosidade. Mas antes de vermos o que quer que seja é David Livingstone quem nos saúda. Foi ele o primeiro europeu quem em 1855 as descobriu e a sua imponente estátua faz questão de nos lembrar esse feito aos primeiros passos. 

David Livingstone 
Depois, e do nosso lado direito, como que por magia, eis que surge fabulosa, imponente, majestosa a queda de água.

Victoria Falls


Victoria Falls
É do quarto maior rio de África, o rio Zambezi que brotam as golfadas brancas que nos encantam e refrescam a alma. Nascido no distrito de Mwinilunga na Zâmbia, este rio de 2.693 km não se deixa aprisionar e numa rebeldia permanente vai banhando países vizinhos. Esta fúria é encantadora.

Vic Falls com arco-irís
Vista da Ponte de Victoria Falls
Seguindo as placas direccionais vamos sentindo na pele o chuveiro que há séculos despertou o seu descobridor. Os nossos pés pisam Zimbabué, a queda de água vem da Zâmbia. A Devil’s Pool aparece em frente como obra de Deus e não do Diabo. Lá, só mesmo para os mais corajosos. Será um banho seguramente inigualável, mas perigoso.  Ponto por ponto, de miradouro em miradouro vamos abismados tentando registar nas nossas memórias e câmaras, todo o esplendor da natureza. É um caminho que se faz com calma e em cada paragem uma nova perspectiva da catarata. O arco-íris que nos surge como por magia, surpreende-nos devido à proximidade. Apetece tocar nas magníficas cores e saber se a sua beleza é fria ou quente. 


Mas o mais surpreendente será o lunar. Durante três dias no mês, o recinto das Falls é aberto ao entardecer para, com céu limpo, se poder apreciar algo magnífico e único: o arco-íris lunar. Esta foi uma experiência falhada pois, durante a nossa visita, o céu decidiu esconder a sua beleza num emaranhado de nuvens, privando-nos assim desse espectáculo.

Chegados ao último ponto, é a Victoria Falls Bridge que se ergue como uma ponte metálica e meio de transporte ferroviário de grande importância para a economia nacional. Esta é a linha de fronteira entre Zimbabué e Zâmbia.


Victoria Falls Bridge
Mas esta experiência pode ser sentida de várias formas. A Catarata pode ser vivida conforme a coragem de cada um. Da ponte há quem salte com gritos de adrenalina jovem e há quem deslize nas cordas sentindo o banho fresco das gotas pendentes. Lá em baixo, os mais afoitos, desafiam em barcos de borracha os rápidos do rio agreste numa atitude de superioridade. São seguramente experiências únicas, mais ou menos radicais, mas todas elas marcantes para todo o sempre. 

Rápidos das Vic falls
De alma cheia e recordações perpétuas, iniciámos o percurso de regresso.

The Kingdom at Victoria Falls

The Kingdom at Victoria Falls - Jardim

The Kingdom - Lago


The Kingdom - Quartos

The Kingdom - Piscinas
De volta ao hotel, aproveitámos os últimos raios de sol na piscina africana enquanto o jantar buffet se preparava. Carne de crocodilo e Mopani Worm (minhoca assada) fizeram parte da vasta ementa. Recomendamos a carne de crocodilo, uma carne branca, tenra mas de consistência dura. O sabor é agradável. Quanto à Mopani: o sabor é de churrasco, mas depois de trincada, temos areia e cascas com fartura por toda a boca. Só mesmo para quem gostar… Um espectáculo de cânticos locais acompanhou-nos durante o repasto. 

O primeiro dia acabou em beleza, com memórias para recordar e contar.

CSD

(continua.....)




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